sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto: Uma Escola com mais história que o Município

       Esta maravilha de Escola vai completar exatamente 78 anos, enquanto o município de Igarapé acabou de completa 50 anos de vida, no último dia 01 de março de 2014.

      No município de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fica a Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto, uma instituição onde estudam aproximadamente 1400 alunos.  
Funcionando em três turnos, oferece as modalidades de ensino fundamental, médio regular e EJA/Ensino Médio.   Trabalham na Escola 89 professores e funcionários. 

Fachada E. E. Prof. Maria Magalhães Pinto


 Contexto histórico da criação da Escola

          O Letramento básico na história da região remonta aos professores particulares que eram contratados por fazendeiros. Esses mestres residiam por uma temporada na fazenda até dar instrução mínima para os filhos dos fazendeiros e algumas crianças do entorno da fazenda.

          Documento de certificado intitulado “Escola Pública Primaria”, conferindo aprovação de Maria José Henriques (Maria Maia), datado de 21 de abril de 1912, confirma a existência de um pequeno salão de “escola no Barreiro” desde o inicio do século XX. A partir do final da década de 20, inúmeros acontecimentos de interesse público vão se somando e se alinhando ao surgimento de uma comunidade politicamente articulada na pacata Vila do Barreiro. Entre os acontecimentos, um bastante significativo é a súbita transferência do Cartório de Paz de São Joaquim de Bicas para o Barreiro. O fato ocorreu no dia 31 de julho de 1931, acontecimento tão logo seguido da elevação do Barreiro para a categoria de distrito de Pará de Minas, recebendo o nome de lgarapé. Com o distrito constituído, segue-se então uma série de inspirações a movimentar os ânimos da comunidade, entre os quais o desejo e a necessidade da construção de um espaço adequado para abrigar o ensino público. Seguem-se também as mudanças no contexto urbano, começam    a     surgir ao lado ou às vezes no lugar das casas de pau-a-pique as primeiras construções feitas de tijolos cobertas de telhas francesas. Tais construções eram motivadas no “art-déco”, tendência ocasionada pelo desdobramento estilístico inspirado na exposição de artes decorativas realizadas em Paris, em 1925, movimento este refletido na arquitetura de Belo Horizonte dos anos 30 e assimilado timidamente em umas poucas construções em lgarapé. Em 1933, Getulio Vargas nomeia Benedito Valadares Interventor Federal em Minas Gerais. A pacata vila, melhor dizendo, o então distrito de lgarapé, estava prestes a ser contemplado com uma magnífica construção que marcaria para sempre a sua história. 

           De inspiração neoclássica, a construção do “grupo” realizado pelo Interventor Benedito Valadares causou grande sensação na comunidade. Erguido ao lado de tímidas construções na rua de chão, a majestosa construção teve por longos anos, par de igual beleza somente a lendária ‘Paineira Rosa’ que ficava no meio da rua, bem em frente à escola, segundo relatos dos que a avistaram. A construção abrigou a classe de aula que funcionava em um pequeno salão que ficava nas proximidades do local onde existiu a venda do Sr. Pedro Henriques. 

          A obra significou um ponto de partida para o desenvolvimento da educação na região. Foi fruto da grande amizade que o Dr. Benedito Valadares tinha pelo povo de lgarapé. A construção do grupo foi iniciada em 1934 e colocada em funcionamento em 1936, com o nome de Escolas de Vila de lgarapé.

Desfile de 7 de Setembro de 1960


Na ocasião de sua primeira grande reforma e ampliação, inaugurada em 1964. durante o governo do Sr. José de Magalhães Pinto, a escola, em homenagem à mãe do governador, passa a se chamar Grupo Escolar “Professora Maria de Magalhães Pinto”.  A partir da segunda metade da década de 80, com a incorporação ao ensino de 2º grau, passa a figurar o titulo: Escola Estadual ‘Professora Maria de Magalhães Pinto’. 
A escola passou por algumas ampliações e reformas ao longo dos anos. Porém, a fachada mantém suas características principais, de inspiração neoclássica, estilo desenvolvido no final do século XIX e início do século XX, que utilizava elementos do classicismo. A única descaracterização notada na parte frontal da construção é o muro que foi modificado possivelmente na primeira reforma e, recentemente, a construção de duas pequenas salas, uma na lateral esquerda e outra na lateral direita da fachada frontal. O conjunto de cores utilizadas na recente reforma foi fruto de uma pesquisa realizada pelos membros do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de lgarapé, que contou com o apoio técnico de especialistas contratados pela prefeitura para que a combinação fosse a mais adequada possível ao estilo da construção.  

A Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto foi tombada como Patrimônio Cultural de lgarapé no dia 20 de Março de 2002.

Em 2007, deu-se inicio às instalações do Telecentro da Escola Professora Maria de Magalhães Pinto, concluídas em fins de 2008.


Diversas autoridades reuniram-se na sexta-feira, dia 14/08/09, em Igarapé, para receberem a visita do Ministro das Comunicações, Senador Hélio Costa. Na ocasião, o ministro inaugurou o Telecentro da E. E. Professora Maria de Magalhães Pinto e as novas instalações da Unidade de

          Distribuição dos Correios, além de reforçar sua parceria com o Prefeito Kalu e o compromisso com o desenvolvimento das cidades mineiras. A Escola recebeu, do Governo Federal, equipamentos de informática e mobiliários que proporcionam espaço de acesso gratuito à população. Em Igarapé, outras 9 escolas já possuem o Telecentro.

Durante o seu discurso, o Ministro reforçou a sua parceria com a atual gestão administrativa de Igarapé. Ele ainda destacou a importância de um Parque Industrial na cidade: "Igarapé precisa de um lugar para absorver as indústrias (...) o governo entende que estas obras são importantes para as cidades, mas que estas não têm recursos financeiros suficientes. Por isso é importante que o Governo Estadual, o Governo Federal, Governo Municipal trabalhem juntos (...) e nós vamos ajudar o Kalu sim, estamos comprometidos com esta região". Para terminar, o ministro cumprimentou e parabenizou o prefeito Kalu "que tem feito um trabalho muito bonito em nossa cidade, e em tão pouco tempo".

Inauguração do Telecentro da Escola com ação conjunta do Municipio e Governo Federal. Na foto acima a presença, do Prefeito Antoni Carlos (KALU), do Vereador Leandro dos Santos Pereira, o Diretor da escola (2009) Antonio Lelis de Almeida e o Ministro Helio Costa.

De 2009 a 2012, fizemos um trabalho de parceria entre a Mineração Minas e Metálicos (MMX) de propriedade de Eike Batista e a Escola Estadual professora Maria de Magalhães Pinto. Um trabalho de Concientização. Sabemos que a mineração só existe em áreas que realmente tem potencial econômico para o seu desenvolvimento.
No entanto, fizemos um trabalho que abordava a Mineração e o Desenvolvimento Sustentável, na região de Igarapé. Os alunos fizeram visitas técnicas à MMX, palestras sobre o uso do solo e a dinâmica “ E quando a minerção acabar, o que teremos neste local?” , depois realizamos um trabalho de conciêntização por toda a cidade.





Um novo olhar sobre a mineração e sobre as cidades em que estão inseridos. Essa foi a maior conquista dos alunos dos Ensinos Médio e Fundamental que participaram do Programa Interação, desenvolvido pela MMX, mineradora do Grupo EBX, em Igarapé e São Joaquim de Bicas. Durante todo o ano, cerca de 950 estudantes de 17 escolas públicas desenvolveram, junto com seus professores, pesquisas sobre mineração e outros temas ligados à região em que vivem. O resultado final ganhou vida em forma de maquetes, pinturas, fotos e redações que foram expostas nas mostras realizadas nos dias 23, 29 e 30 de novembro, na Praça da Matriz e na Escola Estadual Nossa Senhora da Paz, em São Joaquim de Bicas, e na Praça Miguel Henriques da Silva, em Igarapé.

“Moro em Igarapé há menos de dois anos e não tinha muita noção do que é mineração. A pesquisa foi muito esclarecedora nesse ponto, além de ter me ajudado a conhecer mais minha cidade”, conta o aluno da Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto, César Augusto de Oliveira, de 15 anos. Como parte das atividades do Programa Interação, ele também fez uma visita à Unidade Serra Azul da MMX e conheceu o funcionamento da mina.





Para a professora de geografia Aida Fernanda de Abreu, que desenvolveu o tema “Redescobrir Igarapé: um olhar sobre a cidade” com seus 42 alunos do primeiro ano da Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto, o projeto transformou os estudantes. “Eles não tinham interesse nem hábito de pesquisa, mas se envolveram de tal forma com o tema que até me emociona. Esse conhecimento que eles conquistaram ninguém mais tira”, ressalta.

Na Escola Municipal Professora Maria da Conceição Dias Ferreira Andrade, o tema pesquisado pelos estudantes do quinto ano foi “A mineração na perspectiva da sustentabilidade”. No stand, fotos e maquetes pertinentes ao assunto. A aluna Ana Cláudia Rufino, de 10 anos, afirma que aprendeu muito. “O Interação é   uma   grande
oportunidade que a MMX nos oferece. Entendi que a mineração deve ser feita com sustentabilidade, ajudando a desenvolver a cidade”, conta.   Presente na mostra realizada na Praça Miguel Henriques da Silva, a secretária municipal de Educação de Igarapé, Dalmira Gomes, ressaltou a relevância de iniciativas como essa. “É um legado indiscutível que fica para os alunos e para a cidade. É muito importante incentivar as gerações mais novas a buscar conhecimento sobre tudo o que tange à região em que estão inseridos”, defende.   O Programa Interação busca estreitar o relacionamento com as comunidades próximas à Unidade Serra Azul da MMX, promovendo o diálogo e a reflexão sobre questões relacionadas à mineração. No ano em que foi criado, em 2009, o programa conquistou o Prêmio Ser Humano, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

Em Maio de 2011, Comemoramos os 75 anos da escola em um Megaevento para toda a Comunidade Escolar.
“Os 75 anos da escola foi um evento onde reuniu todas as gerações da escola com antigos professores e alunos, que puderam se reunir em uma confraternização com os atuais alunos, foram feitas várias atividades onde estava presente também, a neta da Maria de Magalhães,  que da o nome a escola. Eu como professora de arte fiz a ornamentação com a ajuda de alunos e dos professores.” Claudia Amaral Moreira – Professora de Arte e mãe de ex-aluno.

O ano de 2011 foi o ápice de realizações de grandes projetos na escola – a Festa das Nações foi realizada com parceira do INSTITUTO UNIBANCO em novembro, onde os alunos desempenharam tarefas com cunho cultural.




Em 2012 e 2013 fizemos um projeto chamado de Feira da Saúde. Projeto desenvolvido pelas professoras Gleibe Reni dos Santos (Biologia), Sandra Nunes Braga e Aida Fernanda M. de Abreu Ferreira (Geografia) – com intuito de conscientização de hábitos saudáveis e prevenção de algumas doenças.



E atualmente...
Nos dias atuais, a Escola desenvolve alguns projetos de destaque como o Festival de Contos, Crônicas e Poesias; a Revista Magalhães; o Chá Colonial, excursões, Festival de Dança, a Semana Solidária e atividades  relacionadas ao PEAS.  Oferece cursos de Aproveitamento dos Estudos e de Formação Inicial para o Trabalho (FIT). 
            Desde 2013, a escola participa do Reinventando o Ensino Médio com turmas de Comunicação Aplicada, Tecnologia da Informação e Turismo, onde alunos e professores juntos desenvolvem vários projetos, inclusive com outro projeto dentro deste do Turismo – a Inclusão dos alunos do Ensino Fundamental I, que tem certo grau de dificuldade de locomoção. Estes alunos cadeirantes e suas professors foram convidados pelos alunos do Ensino Médio para participarem das atividades de trabalho de campo – Uma integração total entre os níveis de ensino e a modificação da percepção no ato da Inclusão. Os Trabalhos de Campo foram executados no  Hotel Fazenda Igarapé, nos Pesque Pagues da cidade e em  Cordisburgo – Terra de Guimarães Rosa e da Guta de Maquiné.
            Juntos RECONTAMOS a História, TRASNFORMAMOS o nosso espaço Geográfico e nossa maneira de ver o Mundo e AGIR com consciência política, social e ambiental.




FOTOS DA ESCOLA



Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto
Av  Gov. Valadares, 447 , Bairro Centro, Igarapé, MG.
Igarapé – Minas Gerais
Telefone: (31) 3534-1476
Superintendência Regional de Ensino Metropolitana B

5 comentários:

  1. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
    CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL – 2014/2015
    NÚCLEO DE BASE – TÓPICO III – CULTURA DIGITAL E A ESCOLA
    ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA DE MAGALHÃES PINTO/IGARAPÉ
    COORDENADOR: CARLITO ARLINDO DOS SANTOS BALBINO
    ATIVIDADE COLETIVA
    CURSISTAS:
    Aida Fernanda Melgaço de Abreu Ferreira
    Alecsandro Vieira Lopes
    Célia Maria do Carmo Pigozo
    Magna Alves Dias
    Maria das Graças Oliveira Coelho
    Ricardo Augusto Pacheco dos Santos
    Rosana Féres Gama de Souza

    Atividade 2: A Escola e as Tecnologias Digitais
    Com base nas atividades realizadas no PLAC 1 sobre o retrato da escola – em particular na Atividade 1, na qual você identificou, observou e registrou as práticas pedagógicas e sociais mediadas pelas TDIC na escola, em especial sobre como está se desenvolvendo o processo de criação na cultura digital –, identifique como e quais são os trabalhos realizados com tecnologias digitais na sua prática pedagógica em aula.
    Cursista, a ideia é que você desenvolva essa atividade com seu grupo de escola, levando em conta as questões a seguir.
    1- Como o grupo entende que as tecnologias digitais estão auxiliando o desenvolvimento de processos de aprendizagem?
    São as transformações tecnológicas que mudam o aspecto da sociedade. O desenvolvimento das sociedades vai de acordo com as tecnologias de cada período da história da humanidade. As evoluções das tecnologias se deparam com o maior progresso em um menor tempo histórico – tudo a partir da Segunda Revolução Industrial.
    No mundo globalizado e na sociedade atual está sendo pautado com os avanços nas TDICs sendo chamada de Sociedade da Informação e estão sempre presentes no nosso cotidiano, influenciando nos hábitos, na cultura, na maneira de agir, de pensar e de se relacionar.
    As novas maneiras de nos comunicarmos via Facebook, Twitter, Instangran, Skype, entre outros possibilitou conversarmos com pessoas jamais imaginadas, conexões desde as locais, as regionais, as nacionais e as intercontinentais – a globalização das Redes Comunicativas. E estas novas formas de comunicação vem sendo sustentadas pela formação dos agrupamentos sociais.

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  2. 2- Que tecnologias digitais são utilizadas e em que contexto pedagógico?
    Que o acessoa aos meios digitais está sendo necessário no mundo globalizado que para chegar ao aprendizado do mundo digital fundamental passar pelo ensino do mesmo.
    O mundo digital transforma a vida de todas as pessoas, as novidades dentro das tecnologias faz com que constantemente devemos aprender a lidar com os novos aparelhos, podemos observar que nos últimos anos, as modificações vem sendo acentuada rapidamente, o caso da televisão “a cores” que de primeiro era ligar um botão, hoje é tudo feito com o controle remoto.
    Outra novidade dos anos finais do século XX, foi a Internet que modificou a maneira de se ver o Mundo – instantaneamente, buscamos conhecimento através dela.
    O Data Show que nos leva de forma confortável a ter acesso a qualquer tipo de conhecimento – com tela expandida e no conforto da sala de aula,das salas de multimídia ou em auditórios.
    Os tablet, os notebooks, os celulares são nossos concorrentes na sala de aula pela atenção dos nossos alunos.
    Então chegou a hora de repensar a Educação.
    Estamos prontos para remodelar o processo de ensino aprendizagem com a utilização das TDICs e remodelar os currículos escolares nos possibilitando um avanço histórico e acompanhando as evoluções do Terceiro Milênio.

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  3. 3- Como você percebe que a escola está vivendo em uma cultura digital?
    O uso das tecnologias vem mudando o aspecto da sociedade e como a escola como parte importante da construção da vida da em sociedade vem sofrendo alterações visíveis no processo de ensino e da aprendizagem.
    Para que a incorporação da informática provoque transformações curriculares e que alcance uma educação mais qualificada é necessária uma tomada de ações que priorizem as evoluções e as mudanças nos processos educativos e se preocupem em qualificar profissionais da educação nas Culturas Digitais para se adequarem a esta Sociedade Contemporânea.
    O papel do professor é e esclarecer e instruir os futuros cidadãos, este deve assegurar também a ampliação e a integração das novas tecnologias no currículo escolar e, portanto, sua formação em uma área específica ser objeto de atenção especial. É a forma de explorar as TDICs e inovar dentro e fora da sala de aula.

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